O que é o Chargeback?
O termo chargeback vem do inglês e significa “estorno”. Na prática, é um mecanismo de proteção do consumidor: quando ele realiza uma compra com cartão de crédito, mas identifica algum problema — como fraude, cobrança duplicada ou não recebimento do produto — ele pode solicitar à operadora do cartão que cancele a compra e devolva o valor.
Esse processo é feito diretamente com o banco ou a operadora, sem a necessidade de consultar o lojista previamente.
Na teoria, o chargeback é uma ferramenta justa. Na prática, ele se transformou em um campo fértil para fraudes e prejuízos, principalmente para pequenos comerciantes.
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Quando o Chargeback Vira um Golpe
Infelizmente, nem todo chargeback é legítimo. Muitos lojistas estão lidando com uma nova forma de prejuízo: clientes mal-intencionados que usam o chargeback como ferramenta de estelionato.
Funciona assim: o cliente realiza a compra, recebe o produto ou consome o serviço normalmente, e depois aciona a operadora do cartão alegando que não reconhece a transação ou que o produto não foi entregue. O banco, sem ouvir a loja, estorna o valor.
Resultado?
• O lojista perde o dinheiro da venda
• E, na maioria dos casos, também perde o produto, que não será devolvido.
Essa prática — ainda que não pareça de imediato — se aproxima de um comportamento fraudulento, uma forma velada de enriquecimento ilícito às custas de quem está trabalhando com honestidade.
E para o pequeno empreendedor, que vive com margem apertada, um chargeback pode significar um rombo no caixa difícil de recuperar.
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Como o Lojista Pode (e Deve) Se Proteger
Não é possível impedir que um cliente mal-intencionado peça um chargeback, mas é possível adotar práticas de proteção e controle para minimizar riscos e prejuízos. Aqui estão os principais caminhos:
1. Mantenha registros claros e organizados
• Comprovantes de entrega (rastreamento dos Correios, assinaturas de recebimento, prints de conversa com o cliente, etc.)
• Cópias de notas fiscais, faturas e descrições claras dos produtos/serviços.
Isso ajuda a montar sua defesa caso precise contestar um chargeback junto à operadora.
2. Implemente políticas de devolução claras e públicas
• Deixe explícito no seu site ou ponto de venda como funciona a política de troca e devolução.
• Oriente o cliente a falar com a loja primeiro, antes de acionar o banco.
Essa comunicação direta pode evitar muitos casos de chargeback por mal-entendido.
3. Crie uma lista interna de bloqueio de clientes com histórico suspeito
Lojas mais experientes têm adotado uma prática preventiva: bloquear CPFs, e-mails ou endereços de clientes que já causaram prejuízo com práticas indevidas.
Esse bloqueio pode impedir novas compras ou exigir uma análise mais criteriosa antes de aprovar o pagamento.
4. Configure alertas e análise de risco em plataformas de pagamento
Muitos gateways de pagamento oferecem ferramentas antifraude que analisam o comportamento de compra, origem da transação, score do cliente etc.
Utilize essas ferramentas para filtrar possíveis tentativas de golpes.
5. Comunique-se com clareza e assertividade
Caso uma nova tentativa de compra ocorra por parte de um cliente com histórico negativo, informe que houve um problema anterior que precisa ser resolvido antes de novas compras.
Essa comunicação pode ser feita de forma educada, mas firme — protegendo o negócio sem perder a postura profissional.
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Conclusão: Seu Negócio Merece Proteção
Se você é dono de um pequeno negócio, sabe o quanto cada venda importa.
O chargeback, quando mal utilizado, é uma porta aberta para prejuízos, fraudes e desânimo. Mas com estratégias simples e foco em prevenção, é possível manter o seu negócio seguro e saudável.
A era digital trouxe novas oportunidades — mas também novas ameaças.
Proteger seu caixa é tão importante quanto vender.
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